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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EDITORIAL: Preços quebrados

Por Otávio Araújo

Preços quebrados
O programa da Rede Globo “Bom Dia Brasil” de quarta-feira (12) exibiu uma reportagem muito interessante e que merece uma reflexão por parte dos comerciantes, clientes e do Ministério Público. Uma prática já bastante comum e antiga dos comerciantes agora tomou grandes proporções que são os preços quebrados, ou seja, um produto é oferecido por R$2,99, R$ 5,99, por exemplo, no entanto os comerciantes nunca devolvem ao cliente o valor de R$ 0,1 centavo. Na maioria das vezes os comerciantes oferecem uma bala doce como troco.

Segue trecho da reportagem
Se mil pessoas passam e deixam R$ 0,01 para trás, o comerciante vai ter no caixa, ao final do expediente, R$ 10 a mais. Em um ano o valor chega a R$ 3.650.
O senhor prefere uma bala ou quer uma moeda? O vendedor Silas de Oliveira foge dos docinhos: “Balas não. Inclusive até uma ocasião já aconteceu isso comigo e eu perguntei à pessoa: se eu trouxer as balas você vai aceitar como pagamento do produto que eu estou levando? Eles disseram que não”.
Mas a prática é comum, quando não tem dinheiro trocado. “Muitas vezes o cliente fica um pouquinho chateado, mas você convence com uma bala, um chiclete, uma coisa assim”, ensina o comerciante Mauricio Quirino.
Então por que não cobrar o preço redondo?
“Psicologicamente funciona. A pessoa vê R$ 2,99, acha que está pagando R$ 2 e pouco e não R$ 3”, aponta o comerciante Guilherme Miranda.
“O consumidor tem direito ao troco e sem cara feia. O fornecedor deve arcar com esta responsabilidade. Não arcando, poderá ser penalizado com uma multa de R$ 200 a R$ 3 milhões nos termos do Código de Defesa do Consumidor”, explica o superintendente do Procon de Uberlândia Franco Cristiano Alves.