Eraldo Alves está há 31 anos na profissão |
Becman se diz feliz na profissão |
Segundo Alves, sua sapataria ainda fabrica calçados, mas no momento vive basicamente de concertos e 80% de sua clientela é de mulheres. “As mulheres são mais apegadas ao calçado e sempre preferem retocá-lo, quando ainda há condições de uso”, afirma.
Ainda segundo Alves, existem hoje em Redenção apenas quatro sapateiros que permanecem na profissão sendo que os demais tomaram outros rumos. “Costumo dizer que eu o Adelson de Souza Becman, que há 35 anos trabalha neste ramo, somos os últimos moicanos, quero dizer, os que persistem como sapateiros. Ninguém quer aprender a profissão de sapateiro e assim ela acabará sendo extinta”, considera.
A profissão de sapateiro, há tempos, já não é mais a principal fonte de renda de Eraldo Alves. Ele é professor pós-graduado em matemática e há 20 anos leciona em escolas de Redenção, ou seja, concilia as duas profissões. “Canso como professor e descanso como sapateiro”, revela. Já seu colega Adelson Becman diz que não tem outra profissão, portanto, se mantém como sapateiro. “Ganho o suficiente para sobreviver”, garante.(João Lopes - Nosso Jornal)